quarta-feira, 25 de maio de 2016

Serpentes de bronze no culto cristão


Estou lendo “Igreja Simples – retornando ao processo de Deus para fazer discípulos” (Editora Palavra, Brasília, 2011). O livro é fruto de uma pesquisa que concluiu o seguinte: igrejas saudáveis são igrejas com um programa simples de discipulado. Ao contrário, igrejas “doentes” são congestionadas, complicadas, sobrecarregadas com inúmeros programas e eventos.
Os autores usam o exemplo de Ezequias para desafiar a igreja de hoje a fazer uma reforma de volta à simplicidade.
A Reforma de Ezequias

O rei Ezequias trouxe o povo de Deus de volta ao Senhor através de uma grande reforma. Ele removeu os “lugares altos”, os postes-ídolos, e jogou fora entulhos de deuses que competia pela atenção do povo (II Rs 18:4).

Até aí tudo bem. No entanto, Ezequias fez algo radical, que muitos líderes de igreja teriam dificuldade de fazer hoje. Ele destruiu a serpente de bronze de Moisés. Uma serpente moldada pelo grande líder histórico, feita por ordem do próprio Deus.

A princípio, a serpente tinha utilidade: ela representava a salvação para as pessoas mordidas pelas cobras venenosas (Nm 21: 6-8). Mas a praga das serpentes passou, aquela estátua foi guardada, e passou a ser idolatrada.

Como surgem as serpentes de bronze
O processo funciona assim: alguém bem intencionado introduz um elemento no culto ou na vida religiosa. A princípio, aquilo é útil, faz sentido e abençoa vidas. Mas as circunstâncias mudam e o que era útil se torna um estorvo sem sentido. Com o tempo, aquela “relíquia sagrada” passa a ter virtude em si mesma, e torna-se objeto de veneração. Pronto: aí está mais uma serpente de bronze intocável.

Ezequias se livrou da serpente porque se tornara um entulho; as pessoas passaram a adorá-la, desviando a atenção do Salvador real. O que era algo bom se tornara um ídolo. Em muitas igrejas, coisas originalmente criados para dar vida podem se tornar entulhos. Programas, rotinas e métodos se tornam um fim em si mesmos. Mantê-los passa a ser objetivo maior, ainda não haja mais utilidade ou sentido.

Para Ezequias, eliminar a serpente de bronze talvez não tenha sido uma decisão popular, especialmente em meio a religiosos fincados no tradicionalismo. Assim também, reformas profundas em meio ao povo de Deus são difíceis. Mas o ato de Ezequias agradou a Deus, pois não houve rei como ele nem antes nem depois (II Rs 18:5). As igrejas necessitam de Ezequias modernos que não temam eliminar o desnecessário, o que desvia o foco, o que se tornou uma barreira para a adoração a Deus.

Os bem-intencionados defensores de serpentes
Você consegue imaginar quantas reuniões de comissão seriam necessárias para acabar com a serpente de bronze hoje? Você consegue ouvir os argumentos dos mantenedores da serpente?

“Isso sempre esteve aí! Por que mudar agora?”
“Quem você pensa que é para retirar algo que Moisés colocou?”

“Isso faz parte de nossa história, de nossa ‘identidade’”

“Você é jovem, e não sabe o significado dessa serpente sagrada!”

Essas pessoas são movidas por nobres sentimentos e motivos aparentemente razoáveis. Mas quando confrontamos as “serpentes” com o objetivo principal da igreja, vemos claramente que elas se tornaram obstáculos.

Hoje, comissões se reúnem para discutir e votar o número de cadeiras na plataforma, a cor do terno dos diáconos e tantos outros temas menores! De acordo com o Manual da Igreja, as comissões administrativas da igreja devem ter como item primário a obra de “planejar e promover o evangelismo em todos os seus aspectos”. E tudo o que não contribui para o objetivo, desvia o foco.

Não faz muito tempo ouvi uma discussão antes de participar de uma Santa Ceia. O tema era: devemos manter aquele ritual de lavar as mãos dos oficiantes? Naquele dia, os pães já estavam todos partidos e ninguém tocaria neles. Mas os anciãos acharam melhor manter o ritual “faz-de-conta” de lavar as mãos dos oficiantes, porque “sempre foi assim”.

E mais recentemente, soube de uma comissão que se reuniu às pressas para discutir um tema importantíssimo: a retirada do púlpito durante um evangelismo na igreja! A equipe de evangelismo queria a plataforma sem púlpito e sem cadeiras, mas os líderes da igreja não concordaram com isso, e seguiu-se um longo e acalorado debate.

Perdemos muito tempo com as serpentes de bronze. Elas tomam nosso tempo, nossa energia e nossos recursos. Não somos curadores de museu, somos testemunhas do Deus vivo num mundo dinâmico. A igreja é um bote salva-vidas num mar revolto, um pronto-socorro em plena atividade, não um “CTG* adventista”. Reunimos-nos semanalmente por vários motivos nobres, mas esses motivos não incluem o “manter a serpente de bronze” sacralizando formas.

Criando novas serpentes
O problema não se refere apenas a coisas antigas. Somos tentados a criar novas serpentes a cada nova geração. A cultura moderna da “promoção de eventos” é um exemplo disso.
Existem eventos na igreja que são bem intencionados, mas completamente fora de foco. Todos se dedicam exaustivamente ao evento, e, ao final, o objetivo principal não é alcançado – percebe-se que aquilo contribuiu pouco ou quase nada para a missão da igreja.
Cria-se uma espécie de competição interna: “O Acampamento de Jovens desse ano foi ótimo, o do ano que vem tem que superar!” Então, a coisa se torna cada vez mais complicada, grandiosa, exibicionista... e ai de quem ousar tocar nessa nova serpente! Se no próximo evento não houver o mesmo formato pirotécnico e helicópteros sobrevoando, será um “fracasso”.
E, para sacralizar a nova serpente, lançamos mão do discurso espiritual: “foi uma bênção!” Ainda que não tenha sido bênção e não tenha contribuído em nada para o Reino de Deus.

Descongestionando o culto
Uma liturgia complexa, um culto complicado, são sintomas de fraqueza. "À medida que aumenta em pompa, a religião declina em eficácia" (Educação, 77).
Ellen White alerta que “a formalidade tem tomado o lugar do poder, e sua simplicidade se perdeu numa rotina de cerimônias.” (Evangelismo, 293) E ela revela um fenômeno que ocorre no culto: “As cerimônias tornam-se numerosas e extravagantes, quando se perdem os princípios vitais do reino de Deus.” (Evangelismo, 511)
A história do povo de Deus mostra que as cerimônias e rituais se multiplicam à medida que as pessoas se afastam do Senhor (ver Ellen White, O desejado de todas as nações, 29; O grande conflito, 55). Em suma, um culto complicado é mau sinal.
O Manual da Igreja Adventista diz: “Não prescrevemos uma fórmula ou ordem específica para o culto público. Em geral, uma ordem de culto breve ajusta-se melhor ao verdadeiro espírito de adoração. Devem-se evitar longos preliminares.” Além disso, o mesmo Manual traz duas formas sugestivas de culto, e não liturgias inflexíveis. Uma dessas formas é a breve.
Se você já experimentou sugerir adaptações e mudanças na liturgia, certamente já percebeu inúmeras serpentes, antigas, tradicionais, mas totalmente complicadas, inúteis e sem sentido. O culto torna-se sem sentido quando trai o seu papel de conduzir o povo a Deus e à vida. O culto torna-se sem sentido quando, para mantê-lo, oprimimos, sufocamos e dividimos os adoradores.
O culto se torna sem sentido quando, para combater o culto epicurista-hedonista, promovemos o culto estóico-sofrido, onde o conforto, a objetividade, a beleza artística e o prazer são considerados inimigos da espiritualidade. Então, como a opinião do adorador pouco importa, soterramos a adoração sob entulhos litúrgicos destituídos de significado. E quando o adorador reclama, colocamos a culpa na sua suposta falta de “espiritualidade” e repetimos infinitamente que o culto é “para Deus, não para você” (apesar do sermão e de boa parte das músicas e hinos serem direcionado às pessoas...).
Resumindo os princípios da simplicidade e da objetividade, Ellen White escreveu: “As formalidades e cerimônias não devem ocupar tempo e energias que devam por direito ser dedicados a assuntos mais essenciais.” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 270).
Não há virtude em acumular cerimônias e tornar o culto longo e sofrido. A espiritualidade do culto não é medida pelo grau de descontentamento e desconforto das pessoas. Precisamos promover uma reforma, retornando à simplicidade e à objetividade no culto, sem “serpentes de bronze”.


“Quando os professos cristãos alcançam a alta norma que é seu privilégio alcançar, a simplicidade de Cristo será mantida em todo o seu culto. As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja.” (Evangelismo, 512)

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(*Os Centros de Tradição Gaúcha são sociedades que visam ao resgate e à preservação dos costumes tradicionais dos gaúchos. É uma bela iniciativa cultural tradicionalista, mas que não serve de modelo para o funcionamento de uma igreja cristã.)



sábado, 5 de dezembro de 2015

O QUE É A IGREJA DE DEUS

A IgrejaA Igreja é a comunidade de crentes que confessa a Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo Testamento, somos chamados para fora do mundo; e nos unimos para prestar culto, para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para o serviço a toda a humanidade e para a proclamação mundial do evangelho. A Igreja recebe sua autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada, e das Escrituras, que são a Palavra escrita. A Igreja é a família de Deus; adotados por Ele como filhos, seus membros vivem com base no novo concerto. A Igreja é o corpo de Cristo, uma comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é a Cabeça. A Igreja é a Noiva pela qual Cristo morreu para que pudesse santificá-la e purificá-la. Em Sua volta triunfal, Ele a apresentará a Si mesmo Igreja gloriosa, os fiéis de todos os séculos, a aquisição de Seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito. – Crenças Fundamentais, 11
Nestes dias de conglomerados econômicos e organizações multinacionais, devemos resistir ao pensamento de encarar a igreja apenas pelo lado da sua estrutura organizacional. Pode parecer um argumento batido, mas nunca é demais salientar que o importante da igreja são as pessoas. Pessoas unidas em Cristo. Pessoas reunidas por causa de Cristo.
Para falar da igreja, nós usamos palavras como congregação, comunidade, família e irmandade. Essas pessoas “em Cristo”, não importando quem sejam ou de onde vieram, foram reunidas por Jesus Cristo. Ele deseja aglutiná-las num especial relacionamento mútuo e com Ele mesmo. O apóstolo Paulo coloca isso nos seguintes termos: “De quem [Cristo] todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor. ” Efés. 4:16.
Empreendimento Audacioso
Não é preciso imaginar muito para concluir que esse é um difícil e audacioso empreendimento. Juntar muitas pessoas, com infinitas diferenças, numa única comunidade, numa família mundial, só pode ser considerado um milagre. E a igreja é realmente isso – um milagre da graça. É uma criação do Espírito – algo completamente diferente de tudo o que já vimos ou podemos esperar encontrar no mundo.
Como disse um escritor, a igreja “não pode adotar uma ordem social derivada da sociedade na qual vive... porque ela deve corresponder a seu Senhor e deve representar uma nova vida para a sociedade. Ela não pode ser uma igreja racial, que permita qualquer segregação ou discriminação entre seus membros. Ela não pode ser uma igreja classista, que sancione qualquer separação ou conflito de classes entre seus afiliados. Ela não pode admitir discriminação sexual, tolerando dominação de qualquer espécie. Ela não pode ser uma igreja nacionalista, que incentive a arrogância territorial. Para a igreja, que procura adaptar-se à regra libertadora de Cristo, o lema deve ser: Aqui, ‘não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus’. Gál. 3:28. Na igreja de Cristo, os privilégios religiosos, econômicos ou sexuais, obtidos no mundo ao redor perdem sua força. Mas ... outro poder é que domina – o poder do Espírito. ” – Jürgen Moltmann, The Church in the Power of the Spirit, pág. 106.
A igreja deveria e deve ser um lugar de genuína comunidade, onde as pessoas aprendem a dizer “nosso” e “nós”, e onde as linhas de separação são apagadas. “Deus ordenou ao hidrogênio e ao oxigênio: digam nós! E quando eles aprenderam o princípio da comunidade, surgiu a água, e a chuva, e a fonte, e o oceano. ” – Harry Emerson Fosdick, Riverside Sermons, pág. 230. A igreja é o lugar onde as pessoas podem dizer “Pai nosso”, e isso tem significado.
O Que é e o Que Deveria Ser
Agora, acho que o leitor está começando a pensar que eu esteja falando em termos tão ideais quanto impossíveis de serem realizados. Ou seja, está vendo uma distância entre o que é e o que deveria ser. Claro, a igreja está longe de ser perfeita. Mas Deus fala de possibilidades como realidades. Vez após vez, Ele ergue diante de nós Seu ideal. E, no caso, há uma promessa específica: “Sobre esta pedra edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. ” Mat. 16:18.
Apesar de todas as aparências, não devemos nos tornar descrentes. Nem devemos duvidar da Palavra de Deus. E, acima de tudo, não devemos nos afastar da comunidade. Ninguém de nós é salvo em esplêndido isolamento. Não podemos ter a Jesus sem receber a Sua igreja, Sua família. Ele nos identifica com ela. Estar sob a liderança de Cristo é estar relacionado com todo o povo de Cristo.
Isso me dá a esperança de que, num breve e final momento da história humana, a comunidade ideal se tornará uma realidade. Judeus, gregos, romanos, uns poucos ricos e ilustres, e muitos pobres, estarão estreitados em uma unida família – o novo povo de Deus.
“E perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. ” Atos 2:42 e 44. Essa é uma parte importante da história – uma poderosa declaração a respeito do que Deus quer fazer em todos os tempos e em todos os lugares. É uma possibilidade comprovada que se tornará realidade outra vez.
Mesmo depois de a maior intensidade do “primeiro amor” já ter passado, o apóstolo Paulo ainda se dirigia à Igreja em termos gentis: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.” Efés. 2:19-22.
O ideal nos desafia. Deus quer que Sua Igreja reflita as próprias virtudes dEle – tudo que é bom, puro, nobre e justo. Precisamos atuar colaborando para que, pelo Seu Espírito, a promessa se torne realidade. A igreja se baseia em afinidades, e afinidades devem ser cultivadas e aperfeiçoadas constantemente. Cada membro da comunidade tem que participar responsavelmente desse processo.
O Que Isso Significa Para Mim
Acho que agora posso dizer o que a Igreja significa para mim. Significa companheirismo, comunidade, família. Ou, numa palavra, como um poeta definiu, lar: “um lugar onde você sempre é bem recebido ao chegar.” A igreja é um lugar onde as pessoas são amadas, respeitadas e reconhecidas como alguém. Um lugar onde as pessoas reconhecem que necessitam umas das outras. Onde os talentos são desenvolvidos. Onde as pessoas crescem. Onde cada um se realiza.
A igreja é também um lugar onde as pessoas se amam tanto a ponto de chamar a atenção de alguém que está entrando em perigo. Um lugar onde a Palavra, o culto e a comunhão preparam os santos para o serviço desinteressado. Ou seja, oferece o que eu necessito para vencer meu egoísmo. “Não imagineis que podereis ser cristãos e viver concentrados em vós mesmos... A comunhão mútua deve encher-nos de regozijo.” – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 28.
Mas essa comunhão não é estreita e exclusivista. É cada vez mais ampla, abarcante e profunda. Ela é dinâmica e jamais estática. É também contagiante.
Nos Estados Unidos, estamos propagando um slogan que se refere à igreja como uma instituição que está profundamente interessada no bem-estar das pessoas. Queremos que isso seja mais do que um slogan. A psicologia ensina que em determinados momentos as pessoas se sentem muito solitárias. Às vezes, longe da família e da sua terra natal, habitando em cidades grandes ou médias, muitos não têm um amigo sequer ou ninguém a quem recorrer.
A maioria dos 61 milhões de americanos que não frequentam nenhuma igreja, admite que se apegaria a qualquer uma que lhes demonstrasse interesse e companheirismo. E nos outros países ao redor do mundo não deve ser diferente. O estudioso do crescimento de igrejas, Winn Arn, escreveu: “Numa pesquisa que fiz recentemente, descobri que, em 38 diferentes denominações, havia uma relação direta entre o percentual de pessoas que se sentiam amadas e o percentual de crescimento daquela igreja.” – The Winn Arn Executive Growth Report, nº 10.
Portanto, nosso maior desafio não é prova de que nossa doutrina está certa. A verdadeira tarefa é fazer com que nossa comunidade apresente o conteúdo expresso por esses termos abstratos que mencionamos acima.
Aprendendo a Viver em Comunidade
Para mim, a igreja também é o lugar onde somos preparados para vivermos juntos durante toda a eternidade. Só poderemos herdar tudo o que nos está prometido se aprendermos a nos relacionar de modo adequado ao caráter do Céu. Pessoas encrenqueiras, egoístas, ou desrespeitadoras dos direitos dos outros, sem dúvida alguma não entrarão lá. O Céu será formado por pessoas que aprenderam a diferir das outras sem desrespeitá-las, e foram capazes de ainda assim manter a unidade, a comunidade e a comunhão.
Finalmente, a igreja significa um grupo de pessoas, no tempo e na história, chamadas uma a uma, de diferentes sistemas de vida, mas que aprenderam a viverem juntas, em perfeita unidade, sem perder a identidade individual. Mesmo num mundo cético terá de reconhecer “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”. Apoc. 12:17. É isso provavelmente o que Ellen White estava pensando ao dizer: “Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. ” E.G. White, Parábolas de Jesus, p. 69.
Nós, eu e você que aceitamos a mensagem de jesus, do evangelho eterno, somos a igreja de Deus! Mas, não é só isso, temos uma missão...
A igreja é o instrumento apontado por Deus para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e sua missão é levar o evangelho ao mundo. Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. ” E.G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9.


Artigo de Charles E. Bradford, Nisto Cremos, crença nº 11, adaptado por Pr. Geovan Mendes.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

ASSISTIR OU NÃO ASSITIR! É PECADO OU NÃO É PECADO! Ó DÚVIDA CRUEL!

(Resolvi escrever no meu blog este pequeno artigo, coisa que já não faço há muito tempo, também, entrar nessa discussão e dá mais uma opção de reflexão aos internautas).

“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. ”
Mateus 6:21
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‘Assistir ou não assistir, eis a questão! ’ Creio que assistir ao jogo do Brasil ou de qualquer time no sábado, não se trata de ser pecado, ou desobedecer ao 4º mandamento, pisar os princípios, ser fraco e outros pontos colocados por alguns. Vi alguns posts com mensagens diversas, algumas apelativas para que não se assista aos jogos, outras dizendo para perdoar quem vai assistir e outros mais.

 Mas, por outro lado temos o futebol que é a paixão do brasileiro, que tá no DNA! Dizemos que somos patriotas, nos unimos aos milhares que estão nos estádios e cantamos com orgulho: “ó pátria amada idolatrada...”; “sou brasileiro com muito orgulho…”; nos pintamos e vestimos a camisa amarela, inclusive fazemos buzinaço nas ruas em dia de vitória! Tudo isso em seis dias da semana! Pois nestes dias pode tudo, e, no sábado, num piscar de olhos tudo muda, logo nos tornamos “santos” por 24h! E, após o pôr do sol...., voltamos de novo a nos pintar, gritar e cantar ó pátria amada... (isso nas diversas nacionalidades).

 Creio que a reflexão não devia ser se é ou não pecado, mas onde está o meu coração? Sou cidadão de que reino? Qual é minha verdadeira pátria? Quem é o meu Deus? Qual é o meu tesouro? Vivo em comunhão todos os dias com esse Deus? Sou uma nova criatura em Jesus? (II Cor. 5:17). É Ele que me sustenta e cuida de mim sempre? Durante os dias normais da semana, em que estudo, trabalho e cuido de outras atividades, como eu me comporto? Dou testemunho do que é digno e fiel? Com que animo eu me dedico a adoração diária a este Deus? Qual é a minha garra para proclamar a verdade? Quanto estou disposto a sacrificar dos meus bens, talentos e tempo para a obra do meu Deus? Quanto tempo eu dedico para me aprofundar em amizade com esse Deus? Quem é o Senhor de minha vida? “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo. ”  1 Pedro 1:14-16.

 As respostas a essas perguntas são uma indicação de onde é que está o meu coração ou quem é realmente o meu tesouro! Um jogo da copa do mundo ou uma partida de futebol, não é um teste como o de Daniel no palácio de Nabucodonosor, seus companheiros na fornalha de fogo, José na casa de Potifar, não definitivamente não. A verdadeira prova está em nosso cotidiano, pois é nele que determinamos se somos ou não amigos de Deus, se Ele merece ou não o primeiro lugar em nossa mente e coração, especialmente no santo sábado, que é um sinal de santidade entre Ele é nós e do seu Senhorio em nossa vida! Ezequiel 20:12 e 20.

“Irmãos, peço-vos que vos volvais tendo em vista apenas a glória de Deus. Tornai Seu poder vossa dependência, Sua graça vossa força. Pelo estudo das Escrituras e oração fervorosa, procurai obter clara percepção de vosso dever, e executai-o depois fielmente. É necessário que cultiveis a fidelidade nas pequeninas coisas, e ao assim fazerdes adquirireis o hábito da integridade nas responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária passam-nos, muitas vezes, despercebidos, mas são estas coisas que moldam o caráter. Cada acontecimento da vida é importante para o bem ou para o mal. A mente precisa ser educada pelas provas diárias, a fim de que possa obter poder para ficar firme em qualquer situação difícil. Nos dias de prova e perigo precisareis ser fortalecidos para permanecer firmemente ao lado do direito, a despeito de todas as influências contrárias. ” CSS, p. 404.  

 Os que vão assistir, os que vão gravar para assistir depois, os que estarão na igreja, mas a mente estará nos resultados (dos gritos, fogos e mensagens do celular, etc....), os que estarão se considerando mais santo por não assistirem, os que vão censurar, e os que não estão aí para a consciência do certo e do errado! Em suma cada um só estará revelando onde está o seu coração...

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. ”  Mateus 22:37-38. Quem ama a Deus sobre todas as coisas, não o troca por diversão ou prazeres temporais e nem usa como desculpas apelativas a misericórdia de Deus para praticar o errado!

 Onde está o seu coração todos os dias da semana? Querer priorizar Deus só no sábado é um engodo religioso, tem que ser todos os dias, todas as horas, initerruptamente!

“Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar. ” Deuteronômio 30:20.

Reflita e decida por você mesmo! Deus te deu o livre arbítrio, a livre escolha! Muitas vezes sofremos as consequências por não escolhermos corretamente, depois falamos que Deus é punitivo, não, Ele não é! Somos simplesmente vítimas de nossas escolhas! A escolha que fazemos diante das provas, só vão revelar como anda nosso cotidiano, quem ou o que tem a primazia em nossa vida!

Saiba, que qualquer que seja a sua decisão, Deus está pronto a te perdoar se você retornar para Ele com sinceridade! O alvo de Deus é nos salvar e restaurar em nós sua imagem e semelhança!

 Faça a escolha certa e você será mais forte e feliz para continuar aguardando a pátria celestial!

 Um abração!

 Pr. Geovan Mendes
 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DISCIPULADO, A OBRA DE DEUS!


DISCIPULADO, A OBRA DE DEUS

“A influência da obra que estamos fazendo será sentida por toda a eternidade. Se trabalharmos em harmonia uns com os outros e com o Céu, Deus demonstrará o Seu poder em nosso favor, como fez pelos discípulos no dia do Pentecoste... Hoje Deus deseja realizar grandes coisas por meio da fé e obras de Seu povo crente. Mas precisamos estar em correta relação com Ele, para que quando Ele nos falar, possamos ouvir e entender Sua voz.” (WHITE, 2003, p. 335).
Indubitavelmente o discipulado é a obra que será sentida por toda a eternidade. Mas, será que estamos realizando esta obra conforme deixada pelo seu Salvador? Não posso afirmar que sim ou que não, mas talvez precisamos de uma avalição sincera com vista na missão deixada pelo Mestre.
“Temos apenas pouco tempo ainda, para nos preparar para a eternidade. Devemos agir em harmonia com a grande comissão dada a todo discípulo de Cristo, isto é, levar a todo o mundo a luz da verdade” (WHITE, 2003a, p. 317). 
O plano dEle era de alcançar o mundo com as verdade do reino da salvação. Como Jesus poderia impactar o mundo com essas verdades em tão pouco tempo? Como poderia implantar o crescimento exponencial – muitas pessoas alcançadas em pouco tempo? Ele escolheu uma maneira e colocou todos os seus esforços nesta uma maneira que deveria levar à expansão exponencial de seu reino aqui na terra: Ele escolheu fazer discípulos. (WOLTER, 2011).
O plano de Jesus na terra foi salvar uma raça decaída e levantar um povo que pudesse louvá-lo para sempre. Jesus veio como servo. Cuidou de doentes, curou os abatidos pela dor, pregou o evangelho, ensinou e muito mais. Jesus concentrou sua atenção principalmente em: Fazer discípulos. Ou seja, pessoas que aprendessem d’Ele e com Ele, e então, seguissem seus passos. (PHILLIPS, 2010).
O plano de Jesus era tão extraordinário que Ele declarou em Mateus :
“...Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mat. 28: 18-20.
É importante prestarmos atenção, pois a comissão de Cristo não é um chamado para novos projetos, mas o desenvolver do próprio método de Jesus. Ele sabia que os verdadeiros discípulos cresceriam a semelhança de seu Mestre e através do Espírito Santo multiplicariam a vida dEle em outras pessoas.  Sendo assim, todos são chamados a fazer discípulos! Seu chamamento não é um dom, é uma ORDEM. Os que crêem em Cristo não tem outra opção a não ser obedecer a sua ordem. (PHILLIPS, 2010).
A prática do discipulado que Jesus viveu quando aqui esteve, envolve alguns aspectos e precisamos dá atenção para podermos alcançar o êxito que sua obra requer. Um destes aspectos são as necessidades humanas.
As pessoas têm as suas lutas e anseios, são muitas as suas necessidades e Jesus é a resposta para essas necessidades, tanto físicas como espirituais de todos os homens. Mas como poderemos tornar a verdade do evangelho aplicável a nossa sociedade? Por vezes usamos várias estratégias a fim de comunicar essas verdades aos homens, mas raramente nossos métodos dão tão certos:
1.  Pregações em massas
2.  Grandes conferências
3.  Cruzadas evangelísticas
4.  Muitos estudos bíblicos nos lares
5.  Gincanas, concursos...etc. 

Esses métodos, podem até ser usados, mas devemos  nos lembrar sempre da ordem que recebemos de nosso Mestre: Portanto, vão, e façam discípulos de todas as nações... Mateus 28. 18-20. A Comissão de Cristo para sua Igreja não é fazer convertidos, mas sim, fazer discípulos. (PHILLIPS, 2010). Por isso é importante atentarmos para as necessidades das pessoas, pois o discipular conforme Jesus ensinou alcança em cheio o que cada individuo precisa.
A obra de Deus é realmente fazer discípulos, é claro que acima de tudo temos que nos tornar verdadeiros discípulos que vivam em contínua relação com o Grande Mestre, para que suas vidas sejam de fato uma grande pregação do evangelho e assim possam ministrar as necessidades das pessoas como fez infalível Senhor e Mestre. Não há necessidade de tentarmos de outra forma, pois já foi dado o método, é seguirmos e o êxito é certo. “A divina comissão não necessita reforma. Nada há que melhorar na presente verdade segundo o método de Cristo. O Salvador deu aos discípulos lições práticas, ensinando-lhes como trabalhar de maneira que as almas se sentissem jubilosas na verdade.” (WHITE, 2007c, p.56).
 Burril afirma que a Igreja Adventista precisa voltar à visão da primeira igreja. “A necessidade da igreja é reconquistar a noção de missão que impulsionou a igreja primitiva a fazer discípulos – a missão centralizada no cumprimento da grande comissão.” (BURRIL, 2006, p. 47). “... Ide e fazei discípulos...” Seguir uma direção oposta à delineada pelo Senhor é perigoso e não satisfaz os desígnios divinos. “A própria vida da igreja depende de sua fidelidade em cumprir a comissão do Senhor. Certo, negligenciar essa obra é convidar a fraqueza e a decadência espirituais.” (WHITE, 1978, p. 625).
“O foco da igreja primitiva estava em fazer discípulos, de modo que as pessoas discipuladas se tornassem independentes e levassem o evangelho a outros. Esse era o foco que impulsionava a estratégia de Paulo de implantar igrejas e de crescimento em todo Novo Testamento.” (BURRIL, 2006, p. 55).
Está alcançando expansão territorial e um crescimento estatístico, não é necessariamente o cumprimento da missão. Pois as pessoas não devem só ouvir sobre um Deus, elas precisam ver pessoas que vivam com esse Deus, ou seja, o maior poder da pregação está numa vida verdadeiramente transformada e que dela emane luz vinda do céu. Os verdadeiros discipuladores vivem na presença de Deus, comungam com ele, aprendem dele e saem a irradiar a graça salvadora através do discipulado.
“O Discipulado Cristão é um relacionamento do Mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o Mestre reproduz muito bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros.” (PHILLIPS, 2010). “Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo.” (WHITE, 2003, p. 37).
Desta forma pode-se concluir afirmando que antes de tudo temos que nos tornar discípulos e precisamos nos entregar totalmente a Deus como o Senhor de nossas vidas. Precisamos está diante de sua presença, todos os dias e quando essa conexão se tornar uma prática habitual, poderemos fazer novos discípulos e realizar a obra que recebemos do nosso Senhor e Salvador, sem adaptações. “Na igreja cristã primitiva houve homens que foram verdadeiros discípulos de Cristo. Muitas vezes, eles se reuniam, e habitualmente oravam. Trabalhavam somente para promover aqueles princípios que traziam a aprovação do Céu.” (WHITE, 1993, p. 152).
Tudo isso vai exigir muito esforço, dedicação e disciplina da vontade. O desafio é que você seja a pessoa de Deus, que descanse em sua soberania e deixe que Ele opere livremente através de você nesta parte mais empolgante de edificação do seu Reino.
 Bem disse Kurt Johnson, quanto ao sacrifício que devemos fazer para tornar esta obra de discipulado real em nós: “Você precisa saber com antecedência que esta pode ser uma jornada muito custosa. Seguir a Jesus é morrer. Segui-Lo pode significar a morte de nossas próprias agendas, programas, tradições e sonhos bem intencionados. Se estamos desejosos de sermos moldados por Ele, Ele dará vida aos nossos ossos secos.” (JOHNSON, 2000, p. 14).
Para reflexão deixo algumas perguntas:
Porque não vivemos esse discipulado como viveu a igreja apostólica?    
Porque não estamos dispostos a matar nossas ideias, tradições e programas? 
Estamos promovendo o reino de Deus do nosso jeito?            
 Estamos no caminho certo?


Pr. Geovan Mendes

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CRISTIANISMO SEM DISCIPULADO

Em algum momento da história o cristianismo se despediu deste cerne metodológico tão essencial e em poucas oportunidades se reconectou com ele. Cada vez, no entanto, que a algum movimento cristão se dedicou a fazer discípulos, sendo assim obediente ao mandado do Mestre, o Reino de Deus foi expandido. Como pudemos em algum momento conceber a ideia de um cristianismo sem discipulado? Como pudemos nos afastar da clara ordem de Jesus? Como o cristianismo parou de seguir Aquele que professam instituindo uma religião que se dedica a Deus de uma maneira que Ele nunca pediu?

Religião ritualista, supersticiosa, que enfatiza os típicos medos humanos levando as pessoas a uma dependência mórbida da igreja, é sempre religião pagã. Toda vez que a igreja cristã se apega aos modelos medievais de ser igreja, ela repete o padrão medieval sincretista pagão que era praticado então.

O afastamento em massa do cristianismo da prática do discipulado iniciou com Constantino, imperador romano. Ele tirou o cristianismo do esconderijo e da ilegalidade para fazer dele a religião oficial do império Romano. Entre as diversas barbáries sincretistas instituídas por Constantino, uma delas foi organizar o cristianismo num formato pagão. Culto, organização, sacerdócio, estrutura doutrinária, finanças, direito, tudo recebeu um toque do império romano pagão.

Os séculos se passaram e aqueles elementos pagãos incorporados ao cristianismo foram confirmados e desenvolvidos teologicamente por meio da igreja medieval a partir de Justiniano. Por amor ao poder e dinheiro a igreja tornou-se um império muito menos comprometido com os ensinamentos bíblicos do que com a manutenção de uma máquina de poder secular. Tudo o que fazia e ensinava, a maneira como se estruturava tinha como objetivo principal fortalecer e desenvolver este poderio secular.

Neste período o processo libertador: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!” foi interrompido. Este processo que leva as pessoas a Deus por meio da revelação verdadeira que Ele mesmo faz de Si, tornando o discípulo cada vez mais semelhante ao seu Mestre foi substituído pelo ensino de superstições que ao contrário de produzirem libertação, geravam dependência mórbida do sistema igreja.

Movimentos de reforma e de protesto pelos excessos surgiram com heroísmo e bravura. Alguns dos líderes destes movimentos foram mortos e outros perseguidos, alguns por assuntos fundamentais como, por exemplo, Martin Luther com a justificação pela fé e o princípio “sola scriptura” outros por assuntos mais periféricos. Todos eles tinham uma obra a fazer que na verdade nenhum deles conseguiu levar a cabo completamente: precisavam romper dramática e completamente com o modelo de ser igreja sem discipulado da idade média. Tentativas e experiências foram feitas para tornar uma igreja mais eficaz para a expansão do reino de Deus, mas nunca se tornaram o “modus vivendi” da igreja como um todo.

A maioria das igrejas protestantes, hoje chamadas de evangélicas, não conseguiu romper com o modelo medieval. Em maior ou menor grau, todas as igrejas estruturaram as suas atividades e formato de culto não como um movimento leigo que tem o foco no desenvolvimento do crente até “a medida da estatura de Cristo” (cf. Ef. 4:10-16). Parece que o “protesto” contra a estrutura medieval nunca se levantou a tal ponto de voltarmos às raízes dos ensinos de Cristo. Não há contradição maior do que cristianismo sem discipulado. Seria a mesma coisa que dizer cair para cima ou que a água não é molhada. Estamos no momento, no último momento da história para fazermos a diferença que Jesus está esperando para que possa voltar.

Por Dr. Berndt Wolter

http://www.discipulado.numci.org2/

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Jesus não tinha plano B

Como Jesus poderia impactar o mundo em tão pouco tempo? Como poderia implantar o crescimento exponencial – muitas pessoas alcançadas em pouco tempo? Ele escolheu uma maneira e colocou todos os seus esforços nesta uma maneira que deveria levar à expansão exponencial de seu reino aqui na terra: Ele escolheu fazer discípulos. Doze improváveis homens o acompanharam durante três anos e meio, sendo educados, inspirados e treinados pelo Mestre dos mestres. Que risco Ele correu! E se este bando de incultos homens, infantes na fé não tivessem feito o trabalho? O plano de salvação estaria fadado a ser esquecido depois da Cruz… Por que Jesus não investiu em outros métodos por segurança? Plano “A” e plano “B”? Por que se arriscou desta maneira? Não havia plano “B”. O único plano de multiplicação Jesus deixou bem claro: “indo, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado…” (cf. Mt. 28:18-20). Os discípulos não deveriam se dispersar em muitos outros métodos e abordagens de expansão do Reino, mas deveriam se concentrar naquilo que o Mestre escolheu como sendo o melhor e único plano. Ele garantiu que todo o poder era dEle e que Ele estaria conosco até a consumação dos séculos. Que tal? Nossa parte seria apenas nos dedicarmos a fazer discípulos e Ele garante que estará lá a cada momento!

por Dr. Berndt Wolter

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FELIZ 2011!

      Olá amigos, quero desejar a todos vocês um feliz 2011. Que neste novo ano possamos fazer muitos novos discípulos para o reino de Deus. É claro, lembrando que somente discípulo faz discípulos!
       Gostaria de continuar trazendo mensagens novas sobre discipulado e para abrir este ano vou publicar uma mensagem muito significativa para refletirmos na nossa missão. Mensagem extraída do site http://discipulado.numci.org/. Recomendo que acessem pois é excente. Muitas vou publicar aqui, por serem de grande valia para todos os discípulos de Jesus. Um abração a todos e fiquem na bênção de Deus!