quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DISCIPULADO, A OBRA DE DEUS!


DISCIPULADO, A OBRA DE DEUS

“A influência da obra que estamos fazendo será sentida por toda a eternidade. Se trabalharmos em harmonia uns com os outros e com o Céu, Deus demonstrará o Seu poder em nosso favor, como fez pelos discípulos no dia do Pentecoste... Hoje Deus deseja realizar grandes coisas por meio da fé e obras de Seu povo crente. Mas precisamos estar em correta relação com Ele, para que quando Ele nos falar, possamos ouvir e entender Sua voz.” (WHITE, 2003, p. 335).
Indubitavelmente o discipulado é a obra que será sentida por toda a eternidade. Mas, será que estamos realizando esta obra conforme deixada pelo seu Salvador? Não posso afirmar que sim ou que não, mas talvez precisamos de uma avalição sincera com vista na missão deixada pelo Mestre.
“Temos apenas pouco tempo ainda, para nos preparar para a eternidade. Devemos agir em harmonia com a grande comissão dada a todo discípulo de Cristo, isto é, levar a todo o mundo a luz da verdade” (WHITE, 2003a, p. 317). 
O plano dEle era de alcançar o mundo com as verdade do reino da salvação. Como Jesus poderia impactar o mundo com essas verdades em tão pouco tempo? Como poderia implantar o crescimento exponencial – muitas pessoas alcançadas em pouco tempo? Ele escolheu uma maneira e colocou todos os seus esforços nesta uma maneira que deveria levar à expansão exponencial de seu reino aqui na terra: Ele escolheu fazer discípulos. (WOLTER, 2011).
O plano de Jesus na terra foi salvar uma raça decaída e levantar um povo que pudesse louvá-lo para sempre. Jesus veio como servo. Cuidou de doentes, curou os abatidos pela dor, pregou o evangelho, ensinou e muito mais. Jesus concentrou sua atenção principalmente em: Fazer discípulos. Ou seja, pessoas que aprendessem d’Ele e com Ele, e então, seguissem seus passos. (PHILLIPS, 2010).
O plano de Jesus era tão extraordinário que Ele declarou em Mateus :
“...Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” Mat. 28: 18-20.
É importante prestarmos atenção, pois a comissão de Cristo não é um chamado para novos projetos, mas o desenvolver do próprio método de Jesus. Ele sabia que os verdadeiros discípulos cresceriam a semelhança de seu Mestre e através do Espírito Santo multiplicariam a vida dEle em outras pessoas.  Sendo assim, todos são chamados a fazer discípulos! Seu chamamento não é um dom, é uma ORDEM. Os que crêem em Cristo não tem outra opção a não ser obedecer a sua ordem. (PHILLIPS, 2010).
A prática do discipulado que Jesus viveu quando aqui esteve, envolve alguns aspectos e precisamos dá atenção para podermos alcançar o êxito que sua obra requer. Um destes aspectos são as necessidades humanas.
As pessoas têm as suas lutas e anseios, são muitas as suas necessidades e Jesus é a resposta para essas necessidades, tanto físicas como espirituais de todos os homens. Mas como poderemos tornar a verdade do evangelho aplicável a nossa sociedade? Por vezes usamos várias estratégias a fim de comunicar essas verdades aos homens, mas raramente nossos métodos dão tão certos:
1.  Pregações em massas
2.  Grandes conferências
3.  Cruzadas evangelísticas
4.  Muitos estudos bíblicos nos lares
5.  Gincanas, concursos...etc. 

Esses métodos, podem até ser usados, mas devemos  nos lembrar sempre da ordem que recebemos de nosso Mestre: Portanto, vão, e façam discípulos de todas as nações... Mateus 28. 18-20. A Comissão de Cristo para sua Igreja não é fazer convertidos, mas sim, fazer discípulos. (PHILLIPS, 2010). Por isso é importante atentarmos para as necessidades das pessoas, pois o discipular conforme Jesus ensinou alcança em cheio o que cada individuo precisa.
A obra de Deus é realmente fazer discípulos, é claro que acima de tudo temos que nos tornar verdadeiros discípulos que vivam em contínua relação com o Grande Mestre, para que suas vidas sejam de fato uma grande pregação do evangelho e assim possam ministrar as necessidades das pessoas como fez infalível Senhor e Mestre. Não há necessidade de tentarmos de outra forma, pois já foi dado o método, é seguirmos e o êxito é certo. “A divina comissão não necessita reforma. Nada há que melhorar na presente verdade segundo o método de Cristo. O Salvador deu aos discípulos lições práticas, ensinando-lhes como trabalhar de maneira que as almas se sentissem jubilosas na verdade.” (WHITE, 2007c, p.56).
 Burril afirma que a Igreja Adventista precisa voltar à visão da primeira igreja. “A necessidade da igreja é reconquistar a noção de missão que impulsionou a igreja primitiva a fazer discípulos – a missão centralizada no cumprimento da grande comissão.” (BURRIL, 2006, p. 47). “... Ide e fazei discípulos...” Seguir uma direção oposta à delineada pelo Senhor é perigoso e não satisfaz os desígnios divinos. “A própria vida da igreja depende de sua fidelidade em cumprir a comissão do Senhor. Certo, negligenciar essa obra é convidar a fraqueza e a decadência espirituais.” (WHITE, 1978, p. 625).
“O foco da igreja primitiva estava em fazer discípulos, de modo que as pessoas discipuladas se tornassem independentes e levassem o evangelho a outros. Esse era o foco que impulsionava a estratégia de Paulo de implantar igrejas e de crescimento em todo Novo Testamento.” (BURRIL, 2006, p. 55).
Está alcançando expansão territorial e um crescimento estatístico, não é necessariamente o cumprimento da missão. Pois as pessoas não devem só ouvir sobre um Deus, elas precisam ver pessoas que vivam com esse Deus, ou seja, o maior poder da pregação está numa vida verdadeiramente transformada e que dela emane luz vinda do céu. Os verdadeiros discipuladores vivem na presença de Deus, comungam com ele, aprendem dele e saem a irradiar a graça salvadora através do discipulado.
“O Discipulado Cristão é um relacionamento do Mestre e aluno, baseado no modelo de Cristo e seus discípulos, no qual o Mestre reproduz muito bem no aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, que o aluno é capaz de treinar outros para ensinarem a outros.” (PHILLIPS, 2010). “Os discípulos oraram com intenso fervor para serem habilitados a se aproximar dos homens, e em seu trato diário, falar palavras que levassem os pecadores a Cristo.” (WHITE, 2003, p. 37).
Desta forma pode-se concluir afirmando que antes de tudo temos que nos tornar discípulos e precisamos nos entregar totalmente a Deus como o Senhor de nossas vidas. Precisamos está diante de sua presença, todos os dias e quando essa conexão se tornar uma prática habitual, poderemos fazer novos discípulos e realizar a obra que recebemos do nosso Senhor e Salvador, sem adaptações. “Na igreja cristã primitiva houve homens que foram verdadeiros discípulos de Cristo. Muitas vezes, eles se reuniam, e habitualmente oravam. Trabalhavam somente para promover aqueles princípios que traziam a aprovação do Céu.” (WHITE, 1993, p. 152).
Tudo isso vai exigir muito esforço, dedicação e disciplina da vontade. O desafio é que você seja a pessoa de Deus, que descanse em sua soberania e deixe que Ele opere livremente através de você nesta parte mais empolgante de edificação do seu Reino.
 Bem disse Kurt Johnson, quanto ao sacrifício que devemos fazer para tornar esta obra de discipulado real em nós: “Você precisa saber com antecedência que esta pode ser uma jornada muito custosa. Seguir a Jesus é morrer. Segui-Lo pode significar a morte de nossas próprias agendas, programas, tradições e sonhos bem intencionados. Se estamos desejosos de sermos moldados por Ele, Ele dará vida aos nossos ossos secos.” (JOHNSON, 2000, p. 14).
Para reflexão deixo algumas perguntas:
Porque não vivemos esse discipulado como viveu a igreja apostólica?    
Porque não estamos dispostos a matar nossas ideias, tradições e programas? 
Estamos promovendo o reino de Deus do nosso jeito?            
 Estamos no caminho certo?


Pr. Geovan Mendes

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