sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sacrifício do Discipulado.



A maioria de nós gosta de estar com pessoas importantes. Encontrar um chefe de Estado, um ministro do governo ou uma celebridade nos dá um assunto de

conversa muito desejado. Conhecer alguém importante, ou até mesmo encontrar alguém que conheça uma pessoa importante, de certa forma parece nos dotar de um halo de glória. Parece um desejo natural subir a escada social em vez de permanecer próximos à base. Os discípulos de Jesus não eram exceção a essa infeliz característica humana.

Alguns discípulos e parentes também esperavam alcançar um status. Mas Jesus tratou de revelar para eles o verdadeiro status de um seguidor dEle.

“Então, se chegou a ele a mulher de Zebedeu, com seus filhos, e, adorando-o, pediu-lhe um favor. Perguntou-lhe ele: Que queres? Ela respondeu: Manda que, no teu reino, estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita, e o outro à tua esquerda. Mas Jesus respondeu: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai.” Mt 20:20-23.

 Essa atitude nos faz lembrar Is 14:12-14, que fala da queda de Lúcifer.

Em lugar de prometer aos discípulos prosperidade material e status social, Jesus os preparou para um tipo diferente de realidade: Segui-Lo é um assunto custoso.

Na verdade o discipulado de Jesus tem um custo conforme Mc 8:31-38

Em seu famoso livro O Custo do Discipulado, Dietrich Bonhoeffer, jovem teólogo alemão martirizado pelos nazistas em 1945, enfatiza que a graça divina não vem a baixo custo. Declara que seguir a Cristo não é uma coisa fácil de se fazer. Inevitavelmente, envolve sofrimento. Assim como Cristo disse que Ele “devia sofrer”, o mesmo devemos nós experimentar. Se quisermos nos identificar com Ele em Sua vida, devemos também fazer o mesmo em Seu sofrimento e morte.

“Suportar a cruz não é uma tragédia; é o sofrimento que é fruto de uma submissão exclusiva a Jesus Cristo. Quando vem, não é por acidente, mas por necessidade....

Só um homem... totalmente dedicado ao discipulado pode experimentar o significado da cruz. A cruz está lá, desde o início, ele só precisa tomá-la; não é necessário sair e procurar uma cruz por si mesmo, nem há a necessidade de perseguir deliberadamente o sofrimento. Jesus diz que todo cristão tem sua própria cruz esperando por ele, uma cruz destinada e designada por Deus” (Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship, p. 98).

Que cruz Deus lhe deu para levar? Quanto custou a você seguir a Cristo? Se sua resposta for “Nada, realmente”, talvez você precise examinar mais detidamente sua experiência como discípulo do Mestre.

Lição da Escola sabatina, nº10 -  2º trimestre de 2009.